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O que é o clipping?

blog Pausa Dramática

Curitiba é finalista do prêmio mundial Globe Award de sustentabilidade

31 de mar. de 2010

Curitiba é uma das seis finalistas do prêmio mundial Globe Award, na categoria Cidade Sustentável. O prêmio é organizado pelo Globe Forum, na Suécia, onde acontecerá a premiação, no dia 29 de abril. A cerimônia será no Museu Nórdico de Estocolmo


Além de Curitiba, as finalistas são: Sydney, na Austrália; Malmö, na Suécia; Murcia, na Espanha; Songpa, na Coreia do Sul; Stargard Szczecinski, na Polônia. "Estar entre as seis finalistas, em um prêmio mundial, já é um grande reconhecimento a nossa cidade", disse o vice-prefeito Luciano Ducci.

O prêmio é dado a cidades que contribuem para o aumento do conhecimento sobre sustentabilidade. É a quarta edição do prêmio.

O júri avaliou itens como preservação de recursos naturais; bem-estar e relação social nas cidades; inteligência e inovação nos projetos e programas; cultura e lazer; transporte; confiança no setor público e gerenciamento financeiro e patrimonial.

O júri é formado por Jan Sturesson, do World Economic Forum, na Suécia; Lawrence Bloom, membro do Programa Ambiental da ONU; Marilyn Hamilton, fundador da Integral City Meshworks Inc.; C. S. Kiang, professor da Universidade de Pequim; Carlos Arruda, diretor de realações internacionais Fundaçao Dom Cabral.

"O processo de seleção dos finalistas foi um momento fantástico, com projetos surpreendentes e muito profissionais, de vários lugares do mundo. Desenvolvimento sustentável, com inovação e uma abordagem holística, veio para ficar, em benefício dos cidadãos do futuro", disse Jan Sturesson.

DEBORA IANKILEVICH
Do Jornale

Colehinho da Páscoa ou Papai Noel?

30 de mar. de 2010

Curitiba - Nem só de chocolate é feita a Páscoa. Há quem prefira presentear com outros tipos de lembranças que podem recair sobre brinquedos, perfumes, cosméticos, livros, roupas, entre outras opções. Uma fábrica de brinquedos criou até sabonetes em formato de ovos de chocolate. As lojas de brinquedos investem em coelhinhos e bonecas. O Boticário lançou kits específicos de Páscoa.

A rede PBKids Brinquedos aposta em um aumento de vendas de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. A marca tem 50 lojas no Brasil, sendo duas em Curitiba. ''Percebemos que muitos pais decidem presentear os filhos de formas diferentes, fugindo um pouco do tradicional chocolate. Essa mudança de atitude desencadeia um crescimento nas vendas de brinquedos'', disse o diretor comercial da empresa, Celso Pilnik. Neste ano, são dez lançamentos como coelhos, ovo de pelúcia e a linha de bonecos Anne Geddes.

A gerente de uma das lojas de Curitiba, Ruiz da Silva, disse que nos últimos quatro anos, os pais têm optado por diminuir a quantidade de chocolate para dar um brinquedo para os filhos. Segundo ela, o valor por presente não é muito alto. A média de gasto é de R$ 30 a R$ 50, mas há clientes que gastam até R$ 100.

Entre as opções estão os lançamentos de bonecas vestidas de bichinhos que variam de R$ 49 a R$ 150. Outro produto muito comercializado são os coelhos de pelúcia para colocar junto nas cestas de chocolates por preços como R$ 14,99 e R$ 29,99.

Ela contou que as crianças maiores com cinco a nove anos já ''negociam'' com os pais o brinquedo que querem ganhar. Entre os meninos a ''febre'' do momento são as bolinhas magnéticas Bakugan que se abrem em forma de bichinhos. As meninas optam mais por Barbie (R$ 39,99 a R$ 90), pela boneca Polly (a partir de R$ 9,99) e pela coleção Littlest Pet Shop que custa a partir de R$ 9,99.

''Eu gosto de chocolate e brinquedo'', disse Maria Luiza Hataka, 5 anos. O pai dela, o professor universitário Alessandre contou que pretende atender o pedido da filha, mas não vai gastar mais do que R$ 100 com ela e os sobrinhos. ''Ela não é muito de doce. É mais brinquedo que chama a atenção'', disse.

''Eu compro chocolate para os meninos e deixo para as avós darem brinquedos e roupas'', disse a empresária Gisele Lobascz. Ela tem dois filhos, Antonio, 6 anos e Inácio, 2 anos.

Já a dona de casa Lia Linhares que tem dois meninos, um de 7 e outro de 10 anos, conta que os filhos gostam de ganhar ovos que vêm com brinquedos dentro. ''Eles se preocupam mais com o brinquedo'', disse. Ela gastou cerca de R$ 100 com os presentes.

O Empório Body Store lançou uma edição limitada de sabonetes em formato de ovo de chocolate ao custo de R$ 29,90 e com 350 gramas cada. O produto tem uma fragrância de alpino com morango e, por ser a base de óleo de castanha em pó, é rico em vitamina A e E. A fábrica fica no Rio Grande do Sul e possui várias franquias no País. Em Curitiba, está presente no Shopping Mueller.

O grupo Boticário lançou produtos específicos para a data com a Coleção Supresas voltada para o público feminino. Um dos kits vem com seis sabonetes de 50 gramas cada ao preço de R$ 29,90. A embalagem tem semelhanças com uma caixa de bombons. O outro kit traz creme hidratante, sabonete e óleo corporal por R$ 42,90. Além disso, a marca oferece opções para crianças como a linha Sophie que possui sabonete, perfume, shampoo e brilho labial. O preço dos produtos desta linha varia de R$ 12,90 a R$ 44,90. A empresa ainda tem opções de maquiagem e perfumaria.

A dona de casa Maura Ribeiro disse que os filhos Marúcia, 20 anos, e Carlos Eduardo, 16 anos, preferem ganhar outros itens do que chocolates. Para a filha ela pretende comprar maquiagem ou roupa e para o menino roupa. O gasto deve ficar em R$ 200 no total.


­Ovos tra­di­cio­nais são os pre­fe­ri­dos

Cu­ri­ti­ba - Uma pes­qui­sa rea­li­za­da pe­la As­so­cia­ção Co­mer­cial do Pa­ra­ná (ACP) apon­tou que 32,5% dos con­su­mi­do­res cu­ri­ti­ba­nos pre­ten­dem gas­tar 26% a ­mais com a com­pra de gu­lo­sei­mas nes­te ano, en­quan­to 51,5% re­ve­la­ram a in­ten­ção de de­sem­bol­sar o mes­mo va­lor do ano pas­sa­do. Ou­tros 16% dos en­tre­vis­ta­dos pre­ten­dem eco­no­mi­zar nas des­pe­sas.

O le­van­ta­men­to fei­to pe­la ACP/Da­ta­Cen­so apon­tou que a maio­ria (55%) si­na­li­zou que vai com­prar ­mais de ­três uni­da­des de ­ovos, com pe­so en­tre 200 e 240 gra­mas ca­da um. E o ovo pre­fe­ri­do por 58% dos en­tre­vis­ta­dos se­rá o tra­di­cio­nal.

Ou­tra con­clu­são foi que 62% dos en­tre­vis­ta­dos fa­zem pes­qui­sa de pre­ços nas lo­jas. Trin­ta e qua­tro por cen­to dei­xam pa­ra fa­zer a com­pra um dia an­tes da Pás­coa e ou­tros 28% ad­qui­rem do­ces uma se­ma­na an­tes. A pes­qui­sa foi rea­li­za­da nos ­dias 2 e 3 de mar­ço en­tre con­su­mi­do­res de to­das as clas­ses so­ciais. A mar­gem de er­ro é de 7% e o ­grau de con­fian­ça de 95%.

Tri­bu­tos

A tri­bu­ta­ção so­bre os pro­du­tos de Pás­coa che­ga a qua­se 55% nes­te ano, de acor­do com da­dos do Ins­ti­tu­to Bra­si­lei­ro de Pla­ne­ja­men­to Tri­bu­tá­rio (­IBPT). O ­item no ­qual ­mais in­ci­de tri­bu­ta­ção é o vi­nho, com 54,73%, se­gui­do pe­lo ba­ca­lhau, com 43,78%.

Os tra­di­cio­nais ­ovos de cho­co­la­te che­gam ao con­su­mi­dor com 38% de tri­bu­tos, a mes­ma por­cen­ta­gem co­bra­da so­bre os bom­bons. Já a co­lom­ba pas­cal re­gis­tra in­ci­dên­cia tri­bu­tá­ria de 36,02%.

En­tre os ou­tros ­itens que fa­zem par­te da lis­ta do ins­ti­tu­to es­tão o coe­lhi­nho de pe­lú­cia, com tri­bu­ta­ção de 29,92%, e o pa­pel ce­lo­fa­ne, pa­ra em­bru­lhar as ces­tas de Pás­coa, com 35,20%. (A.B.)

Da Folha de Londrina

Compulsão por gordura funciona como vício em cocaína

Os mecanismos do corpo que provocam vício em drogas são os mesmos que geram a compulsão por comer alimentos calóricos

Pesquisa feita pelo Scripps Research Institute, no Estado americano da Flórida, afirma que como o vício em drogas, a compulsão por comidas gordurosas - como doces e frituras - é extremamente difícil de ser combatida. O estudo, realizado com camundongos, mostra que as partes do cérebro que lidam com o prazer deterioram-se gradualmente na medida em que o consumo vai aumentando.

Essas regiões do cérebro vão respondendo cada vez menos aos estímulos, o que fez com que os camundongos comecem cada vez mais, tornando-se obesos. O mesmo teste foi realizado com heroína e cocaína, e os ratos responderam da mesma forma.

Obesidade

Para o cientista Paul Kenny, que coordenou a pesquisa de três anos, uma dieta com alimentos gordurosos possui elementos que viciam. "No estudo, os animais perderam completamente o controle sobre seu hábito de alimentação, o primeiro sinal de vício. Eles continuaram comendo demais mesmo quando antecipavam que receberiam choques elétricos, mostrando o quão estimulados eles estavam para consumir a comida."

A experiência foi feita com alimentos que provocam obesidade se consumidos em excesso, como bacon, salsichas e cheesecakes. Os animais começaram a engordar imediatamente. O cientista relata que quando a dieta foi trocada por alimentos mais saudáveis, alguns deles se recusaram a comer e preferiram não se alimentar.

Depois de analisar o resultado da pesquisa com camundongos, Kenny e sua equipe estudaram os mecanismos que provocam a compulsão. O receptor D2 responde à dopamina, um neurotransmissor que está relacionado à percepção de prazer - como o provocado por comida, sexo ou drogas.

Quando há excesso no consumo de drogas como cocaína, por exemplo, o cérebro é "inundado" com dopamina, aumentando a sensação de prazer. Um processo semelhante acontece com dietas gordurosas. Com o tempo, no entanto, o cérebro recebe menos dopamina.

Do Bonde

Será que esfria??

29 de mar. de 2010

Anos atrás, durante um show noTeatroAvenida, os carioquíssimos Roberto Menescal e Wanda de Sá deram uma pausa na cantoria para fazer um ritual que se repete entre os artistas "de fora": incensar Curitiba. E o fizeram esbanjando bossa, no melhor do estilo um banquinho e um violão. Até que um deles se saiu com essa: "A cidade é bonitinha, mas a gente vira a esquina e não vê o mar". Ai. Pois é — ao contrário da maioria das capitais plantadas na Costa Brasileira — Curitiba não tem mar. Chego a pensar que teria sido esse o motivo do baita completo de inferioridade que nos castigou até meados do século 20. Podíamos nos consolar pensando em São Paulo, Porto Alegre ou Teresina, igualmente privadas das benesses da praia, mas as três compensam a falta do oceano com rios largos e fundos: o Tietê, o Guaíba, o Poti e o Parnaíba.

Um a zero no placar: restava para nós o feio, sujo e malvado Rio Belém, que não bastasse ser sem graça vivia fazendo aguaceiro nos nossos paralelepípedos, estragando nossos assoalhos, enchendo de sapos nossos imensos quintais e traumatizando nossas galinhas. Vai ver, foi por castigo que o pobre do Belém entrou quase todo pelo cano, nos idos da década de 1960.

Quem nasceu na "era das cana-letas" não sabe, mas num tempo não muito distante o esporte mais praticado por essas bandas era falar mal de Curitiba. Nem precisava se abalar à Boca Maldita. Bastava.se debruçar no muro da vizinha e maldizer as jardineiras e as valetas, a Saúde Pública e a maloqueiragem à solta — da Praça Tiradentes à Rui Barbosa.

Não à toa, entre os antigos, há quem use a expressão "fulano é de uma maldade curitibana". Faz sentido: suponho que na mesma conversa em que se descia a lenha na capital, feia como uma capiva¬ra recém-nascida, aproveitava-se para fofocar sobre o prefeito e o bispo, o polaco da Barreirinha e o forasteiro do Capão Raso.
A falta de encantos naturais mexia com os bofes da população. Tanto que de nada adiantava cha¬mar a capital de "Cidade Sorriso" ou encher o peito para cantar o hino de Bento Mossurunga e Qro Silva no pátio da escola ("Cidade linda e amorosa da terra de Guairacá. Jardim luz, cheio de rosa capital do Paraná."). Da porta para fora, tinha friagem de sobra e calçada de menos. Como dizia Millôr Fernandes, ninguém sabia a etimologia da palavra "Curitiba", apenas que, em bom guarani, "ritiba" significava "do mundo." Hum, hum.

Creiam, a autoestima munici-pal foi recuperada a duras penas, com o uso da "lei da compensa-ção": onde a paisagem não compareceu, supriu-se com avenidas, parques, táxis laranjas, ônibus vermelhos e um gosto especial pela surpresa. Num dia se colocava o Bondinho da XV. Noutro um relógio de flores na Praça Gari-baldi. Noutro ainda se remontava uma bela moradia de lambre-quins no melhor ponto da Rua José de Alencar.

Não se sabe ao certo quando se deu o milagre. O fato é que numa manhã chuvosa qualquer, o povo deu de achar Curitiba o maior barato. Acho que nesse dia paramos de chorar a falta de litoral e as temperaturas siberianas. E o Belém, guria, até que passa.

A propósito, não precisou de nenhum Nisan Guanaes para que transformássemos nossos maio-res infortúnios — o frio, seguido de umidade e bolor —, na mais alta das glórias. Simples: primeiro abrimos uma farmácia em cada esquina. Depois, vestimos o gorro com pompom e enfrentamos a cerração. E vinde a nós os cariocas.

Não causa espanto que a foto de geada de Aniele Nascimento tenha sido eleita uma das sete maravilhas de Curitiba. Cá entre nós — é nossa paisagem interior. Nosso mar prateado. Ao vê-la, nos sentimos em casa.

Falando nisso, será que esfria?

* José Carlos Fernandes é jornalista e curitibano da gema.
** A foto que ilustra este artigo é de Aniele  Nescimento, vencedora do concurso As 7 Maralvilhas de Curitiba.

Artigo publicado na Gazeta do Povo

Em média, cinco pessoas são atropeladas por dia em Curitiba.

26 de mar. de 2010

Uma perigosa odisséia nas ruas: estatística poderia ser reduzida se calçadas não fossem tão ruins

MARCOS XAVIER VICENTE

Estatística do Corpo de Bombeiros aponta que, por ano, aproximadamente 2 mil vítimas de atropelamentos são atendidas pelas ambulâncias do Siate em Curitiba. Só em 2010, até a última quarta-feira, houve 410 ocorrências dessa natureza, o que aponta uma média de cinco pessoas atropeladas por dia na cidade. A quantidade pode ser ainda maior se contabilizadas as vítimas que chegam aos pronto-socorros de outras maneiras ou cujos ferimentos não exigem atendimento médico.


Cálculo do Datasus, banco de dados do Sistema Único de Saúde, mostra que a diária de internação de uma vítima de atropelamento custa R$ 1.079, em média. Se cada pessoa socorrida pelo Siate ficar internada um dia, no mínimo, o gasto anual com pedestres atropelados apenas em Curitiba giraria em torno de R$ 2,1 milhões. Isso sem contar prejuízos com afastamento do trabalho, com tratamento. Segundo profissionais ouvidos pela Gazeta do Povo, o problema poderia ser significativamente amenizado com uma mistura de conscientização e políticas públicas voltadas aos pedestres.
 
Para o arquiteto Carlos Hardt, coordenador do curso de Arqui tetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), uma das principais ações para melhorar o trânsito dos pedestres é a melhoria das calçadas. Na opinião do arquiteto, além de um trabalho informativo, mostrando à população a importância de mantê-las em boas condições, é preciso ter mais rigor na fiscalização para que os padrões de uma calçada eficiente sejam cumpridos: passeio plano, piso antiderrapante e sem obstáculos. “A má qualidade das calçadas criou um hábito muito perigoso entre os pedestres de Curitiba, que é o de caminhar na via de rolamento, disputando de forma muito desigual e perigosa o espaço com os carros”, aponta Hardt.


Conscientização

A opinião de Hardt é compartilhada pela vice-presidente da Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil, Elin Talla rek de Queiroz, que coordena o Programa Passeio Nota 10. “Se as calçadas fossem boas, haveria colaboração inclusive na redução dos congestionamentos, porque as pessoas não usariam o carro para distâncias curtas”, ressalta. Em resposta, a prefeitura informa que desde 2005 mantém o programa Caminhos da Cidade para conscientizar os proprietários da necessidade de manter os passeios em boas condições. Além disso, em 2006 foi aprovado o Decreto Municipal 1.066 que regulamenta os pa drões das calçadas.

Para a psicóloga Iara Thielen, coordenadora do Núcleo de Psi co logia do Trânsito da Univer­sidade Federal do Paraná (UFPR), o desrespeito dos motoristas com os pedestres é a principal causa de atropelamentos. E um dos motivos desse comportamento, ressalta, é o mau exemplo e o descaso dos governos. “O poder público deveria orientar e exigir que o motorista obrigatoriamente pare na faixa de pedestre e que não avance o sinal. Mas para isso, é preciso um trabalho forte não apenas de conscientização, mas também de fiscalização. Porque, se não houver fiscalização forte, ninguém cumpre”, ressalta a psicóloga.

Sinal para pedestres, com contagem de tempo, na travessia da Rua XV de Novembro com Dr. Muricy, em Curitiba (Albari Rosa / Agência de Notícias Gazeta do Povo)

Já o coronel Leomir Mattos de Souza, comandante do Batalhão de Trânsito (BPTran) da Polícia Militar, aponta a parcela de culpa dos próprios pedestres. “O pedestre obrigatoriamente deve atravessar a rua na faixa, não no meio dos carros, aumentando e muito o risco de ser atropelado”, argumenta.

Da Gazeta do Povo

O consumo saudável de chocolate amargo pode ser “protetor cardíaco”

25 de mar. de 2010

A ingestão de, no máximo, 30g diárias da versão amarga do doce contém substâncias também encontradas no vinho tinto e contribuem para a prevenção de doenças cardíacas, segundo especialista.


Docinho para o meio da tarde, após as refeições ou até mesmo para afogar as mágoas de um dia exaustivo, o chocolate é uma das preferências no mundo das guloseimas. Há quem evite seu consumo durante todo o ano, mas aproveita a Páscoa para se esbaldar na tentação. Mas afinal, é possível achar benefícios no consumo do chocolate?

Segundo Frederico G. Marchisotti, endocrinologista do Frischmann Aisengart / DASA, a versão chocolate amargo, que não contém leite e tem maior quantidade de cacau que os outros, apresenta flavanóides, substâncias também encontradas no vinho tinto e que são consideradas “protetores cardíacos”. Ou seja, os flavanóides estão relacionados à redução de eventos cardiovasculares como infarto e AVC.

“Além dos benefícios cardíacos que o consumo consciente pode acarretar, o chocolate nos dá uma sensação de prazer, pois estimula a liberação de serotonina, mesma substância incitada em emoções positivas. Por ser bastante calórico, também é considerado uma fonte de energia. Fatores estimulantes como ingredientes que se assemelham à cafeína e pequena quantidade da mesma também são encontrados no chocolate, além de substâncias que podem ativar receptores canabinóides, que acarretam sensações de sensibilidade e euforia”, acrescenta Marchisotti.

No entanto, o endocrinologista alerta que, se consumido em grandes quantidades, o chocolate, pelo teor de gordura em sua composição, pode piorar a saúde cardiovascular e provocar problemas futuros no organismo. “O ideal é que se coma até 30g por dia. Mais do que isso, pode ser prejudicial”, afirma o médico.

Ganho de peso, diarréia, outros problemas intestinais e desnutrição (pela troca de alimentos ricos em vitaminas e sais minerais) são alguns dos efeitos do excesso de consumo de chocolate. Portanto, é importante estar atento ao consumo em exagero. “Vale ressaltar que os chocolates dietéticos não possuem menos calorias. Essa especificação do produto contém apenas menos açúcar e, em determinadas fórmulas, pode disponibilizar ainda mais valores calóricos que a versão comum.

Para aqueles consumidores compulsivos de chocolate e que pretendem abusar nesta Páscoa, Marchisotti alerta que sejam realizados exames periódicos para avaliação da glicose, colesterol e pressão arterial. “Um especialista deve ser procurado para analisar os resultados e conceder um diagnóstico seguro sobre a sua saúde”, conclui o endocrinologista.

Tim Burton inventa uma terceira via para 'Alice'

24 de mar. de 2010

O G1 já viu: Filme cria episódios e mistura elementos dos dois livros de Lewis Carroll. Destaque são as atuações de Helena Bonham Carter e de Johnny Depp.
Diego Assis

De cara, é necessário desfazer um possível mal-entendido: a versão que o diretor de "Edward Mãos-de-tesoura" e "O estranho mundo de Jack" traz às telas em 3D é uma adaptação significativamente livre e razoavelmente misturada dos dois livros originais que contam as histórias da personagem de Lewis Carroll - "As aventuras de Alice no País das Maravilhas", de 1865, e sua continuação, "Através do espelho", lançada sete anos depois.

A atriz Mia Wasikowska prestes a mergulhar na toca do coelho em 'Alice no País das Maravilhas', de Tim Burton (Foto: Divulgação)

Diferentemente do que ocorre no primeiro livro ou mesmo nas dezenas de adaptações da obra para o cinema e a TV, o "Alice" de Burton começa com um rápido flashback da personagem ainda criança pedindo socorro ao pai após ter enfrentado mais um de seus pesadelos. Minutos depois, estamos em uma ensolarada festa aristocrática, e Alice, agora adolescente, está prestes a ser pedida em casamento. A passagem não está no texto de Carroll, mas não é preciso muito para imaginar que a menina preferiria mil vezes seguir um misterioso coelho branco de colete através de um buraco que não sabe onde vai dar a se casar com um babaca de sangue azul chamado Hamish.


E é exatamente isso o que acontece. Lá embaixo, no Mundo Subterrâneo desenhado por Burton, Alice é recebida por uma galeria de personagens familiares que dizem lembrar-se dela de outra visita - na verdade, nomes como o Chapeleiro Louco, o Gato Risonho e a Lebre de Março foram vistos pela menina no primeiro romance; já figuras como Jaguadarte, a Rainha Vermelha e os gêmeos Tweedledum e Tweedledee só seriam conhecidos por Alice em "Através do Espelho".

A lagarta azul que fuma narguilé sobre um cogumelo é um dos personagens do primeiro livro (Foto: Divulgação)

Pois o que Burton faz, em uma espécie de terceira via da história, é juntá-los todos em uma trama só na qual Alice é uma espécie de salvadora reencarnada. Todos parecem conhecer Alice - ou ao menos a sua lenda -, mas a garota não se lembra de nada.


Como já era de se esperar, na transposição de uma obra riquíssima como a de Carroll de uma mídia para outra, o diretor teve de optar por alguns episódios em detrimento de outros. Assim, vemos o encontro com a lagarta que fuma um narguilé e a partida de críquete no jardim em que flamingos são usados como tacos e ouriços fazem as vezes de bola, mas ficam de fora passagens memoráveis como o diálogo de Alice com o homem-ovo Humpty-Dumpty ou a luta do Leão e do Unicórnio. Outras são completamente inventadas.
 
Helena Bonham Carter como a Rainha Vermelha (Foto: Divulgação)

Seja como for, Burton preserva da obra original os divertidos jogos de palavras, as recorrentes brincadeiras com a proporção dos personagens - representada, entre outros, pelo estica-e-puxa da própria Alice - e principalmente a riquíssima imaginação do escritor infantil.


A absoluta falta de realismo de Carroll, como já se esperava, casa bem com o estilo visual de Burton, que aqui segue em seus tons sombrios, de maquiagens carregadas e cenários expressionistas. Mas o uso pouco impressionante dos recursos 3D, a animação por computador e a falta de originalidade em algumas cenas de perseguição à la "Avatar" ou "O senhor dos anéis" não jogam muito a favor do diretor - conhecido justamente por suas opções estéticas mais tradicionais no campo dos desenhos.

O coringa na manga deste "Alice" versão 2010 está justamente em seu elenco de atores em carne-e-osso. Helena Bonham Carter - mulher do diretor - está perfeita no papel da histérica e malvada Rainha Vermelha. Com seu corpinho diminuto e cabeçorra gigante, ela rouba a cena à cada aparição no filme. Johnny Depp também se destaca como Chapeleiro Louco. Com grandes olhos de gato e cabeleira cor de fogo, seu personagem alterna momentos de graça e de doçura com surtos ameaçadores de fúria - é a loucura em pessoa.


E tem Alice, claro. Aposta mais arriscada de Burton, a jovem e ainda pouco experiente atriz Mia Wasikowska até que se sai bem na pele da heroína principal. Se não pela carga dramática exigida, a atriz de 20 anos, jeitinho de menina, sobrancelha zero e porte de modelo de passarela tem as medidas perfeitas para o desfile de figurinos que veste no filme - o G1 contou ao menos sete trocas de roupa, de vestidos dignos da alta-costura e camisolas rendadas a uma pesada armadura de lata usada por ela na cena final.

Dado que a história e os personagens são razoavelmente conhecidos, são esses detalhes visuais que fazem a viagem de Burton pelo "País das Maravilhas" valer a pena. Mas, quando se chega ao final do filme, a sensação que sobra para quem acompanhou cada fotografia, teaser ou trailer divulgados pela Disney nos meses que antecederam a primeira exibição do filme é a de que talvez todas essas cartas tenham sido colocadas sobre a mesa cedo demais. A estreia tardia no Brasil, prevista só para daqui a um mês, também não ajuda.
 
Do G1.

Rubens Ewald Filho fala sobre Oscar e teatro em Curitiba

22 de mar. de 2010

O crítico de cinema e blogueiro do R7 Rubens Ewald Filho participou, neste domingo (21), de uma manhã de lançamento de livros sobre teatro da coleção Aplauso, que ele coordena, no Festival de Curitiba.


- Acho a coleção a ideia certa na hora certa. Já conseguimos lançar 210 títulos com a história dos nomes mais importantes do teatro brasileiro. Mas, como é um projeto que é bancado pelo governo de São Paulo, ainda não sabemos se a futura gestão dará continuidade ao apoio. Espero que sim. É importante que o teatro brasileiro fique registrado para as próximas gerações.

Depois de falar sobre os livros, o R7 quis saber de Ewald Filho o que ele acha dos comentários do ator José Wilker na cobertura do Oscar pela Globo. O crítico, que participou da cobertura do canal pago TNT, respondeu:

- Eu nunca asssiti ao Zé no Oscar. Mas eu só tenho que agradecer ao Wilker, porque, sempre que ele apresenta, é quando eu recebo as melhores críticas. O público me põe no céu. Mas acho o Zé é uma pessoa muito inteligente e talentosa. Não sei o que acontece com ele no Oscar.

O crítico disse ainda que está gostando muito de ter entrado no mundo da internet, com seu blog de cinema no R7.

- Estou adorando ter a obrigação de acordar cedo para postar. Isso está me fazendo muito bem. E você vê que eu estou fazendo um blog jornalístico, com muitas informações. Porque essa é minha formação. Lembro-me da época em que comecei no Jornal da Tarde, trabalhava a madrugada inteira e ia dormir às 6h. Acho que um blog tem que ter notícia e análises fundamentadas. Não vou ficar falando da minha vida em blog. Quero fazer um blog didático e bem feito.
 
Do R7.

Campanha expõe famosos homossexuais

18 de mar. de 2010

Como forma de combater o preconceito contra os homossexuais, a agência Leiaute Propaganda (BA) criou, para o Grupo Gay da Bahia, uma série de três anúncios com biografias de grandes gênios da história que tiveram sua homossexualidade bastante comentada e divulgada.



Com títulos chamativos, as peças instigam o público a conhecer a "Biografia Homossexual" de Salvador Dali, Frida Kahlo e Leonardo da Vinci. Durante a leitura, que passa pela vida e pelos maiores feitos desses verdadeiros mestres nas suas artes, o leitor descobre que a biografia e o legado deixados por eles não sofreram qualquer interferência por conta da opção sexual.

O conceito "Ser homossexual não muda nada" completa as peças veiculadas em um jornal de grande circulação no Estado. A campanha será veiculada a partir desta quinta-feira (18).

Do Revista Making Of

Pesquise na hora de comprar os ovos de Páscoa

Pesquisa do Disque economia mostra ainda que redes adotam valores diferentes por lojas

Os preços dos ovos de chocolate nos supermercados e lojas de departamento de Curitiba apresentam diferenças de até 92,69%, segundo pesquisa do Disque Economia, serviço da Secretaria Municipal de Abastecimento. O ovo de chocolate Galak, de 50 gr, ontem era vendido por R$ 3,42 (Condor do Hauer, São Braz e Cristo Rei) e R$ 6,59 (Extra).


Ovo de chocolate: mesmo produto pode ser encontrado por R$ 3,42 e R$ 6,59 (foto: Franklin de freitas)

O levantamento de preços, realizado ontem em 18 lojas (Big Torres, Condor Hauer, Condor São Braz, Condor Cristo Rei, Pão de Açúcar Água Verde, Festval Mercês, Extra Água Verde, Exta Alto da XV, Mercadorama Alto da XV, Mercadorama Jardim das Américas, Muffato Tarumã, Wal Mart Jardim das Américas, Wal Mart Vila Izabel, Super Dip Centro Cívico, Americanas Carlos Gomes e Americanas Ébano Pereira) revela ainda que as redes têm preços diferentes por lojas.

Um exemplo é do ovo surpresa Cars, de 170 gr. No Extra, da Água Verde, o produto é vendido a R$ 12,90 e no outro hipermercado Extra, o do Alto da XV, o mesmo produto é vendido por R$ 19,69. Esse produto foi ainda aquele que apresentou a segunda maior variação de preços, com diferença de 78,22% entre o mais barato e o mais caro. O preço mais caro foi encontrado na Lojas Americanas da Carlos Gomes, por R$ 22,90.

Outros 18 tipos de ovos ou chocolates apresentaram diferenças de preços acima de 50%. Sao eles ovo Classic ao Leite (Zero), ovo Especialidades e surpresa Batman, da Nestlé; bombom Ouro Branco, Sonho de Valsa, caixa de Bis, ovo Barbie, ovo Confeti Mix, ovo Hot Wheels, ovo Trakinas Meio a Meio, da Lacta; bombom Serenata de Amor, caixa de bombom Mix, ovo Baton Duplo ao Leite, ovo Garoto ao Leite, ovo Serenata de Amor (presente especial), ovo Talento Castanha do Pará, da Garoto; bombom Ferrero Rocher com 24 unidades, da Ferrero Rocher/Kinder, Mini Colomba Bauducco com frutas e a Colomba Tradicional da Bauducco. A pesquisa pode ser acessada pela página da prefeitura http://www.curitiba.pr.gov.br/, link Economia Doméstica, Disque economia ou pelo 3262 6564.

Pescados — As diferenças são ainda maiores nos preços praticados para peixes e pescados. A pesquisa encontrou uma variação de 177,32% no preço do quilo da sardinha, vendida a R$ 1,94 no Big das Torres e R$ 5,38 no Mercadorama do Jardim das Américas.

O quilo do filé de abrotea também apresentou diferença de 103,33% entre o mais barato e o mais caro. No Extra da Água Verde ontem foi encontrado por R$ 12,19 e R$ 24,98 no Wal Mart do Jardim das Américas.

No azeite de oliva a diferença chega a 98,44%. O azeite de oliva extra virgem, embalagem com 250 ml, foi encontrado por R$ 4,48 (Big das Torres) e R$ 8,89 (Festval das Mercês).

Ano — Os preços médios praticados para os produtos de Páscoa apresentaram uma queda de 0,51%, segundo o Disque Economia. No entanto, as quedas ocorreram apenas nos preços cobrados para aqueles ovos de chocolate menores.

O ovo Talento Intense, por exemplo, de 250 gr, ficou 24,50% mais caro. Em 2009, o preço médio era de R$ 20,61 e neste ano está em R$ 25,66.
 
Do Jornal do Estado

Feiras de Páscoa na Osório e Santos Andrade a partir de sábado

Feira comercializará chocolates artesanais e presentes

Neste sábado (20), começarão a funcionar as feiras especiais de Páscoa da Prefeitura de Curitiba nas praças Santos Andrade e Osório, no Centro. Os consumidores que passarem pelos dois endereços encontrarão boa variedade de produtos alusivos à época com preços atraentes.


A feira da praça Osório ficará aberta de segunda-feira a sábado, das 10h às 21h, e aos domingos, das 14h às 20h, até 4 de abril. A feira da praça Santos Andrade funcionará de segunda-feira a sábado, das 10h às 20h, até 3 de abril.


A feira da Osório é a maior, com 57 barracas. Delas, 32 oferecem artesanato e alimentos típicos da época, como ovos, coelhos e barras de chocolates, cestas e elementos para decoração.

Na Osório, o consumidor também poderá comprar produtos alusivos ao turismo, como camisetas e bolsas estampadas com imagens dos principais atrativos de Curitiba. Duas outras barracas são dedicadas às oficinas: os artesãos produzem, na hora, bijuterias e peças em madeira.

Por fim, os visitantes poderão saborear os alimentos na praça de alimentação, que terá 22 barracas com pratos brasileiros e de várias etnias que colonizaram o Paraná.

Na feira da praça Santos Andrade, serão 20 barracas, quatro delas de lanches e refeições rápidos e o restante de produtos típicos da Páscoa.

Todos os produtos expostos e vendidos nas feiras passaram pela avaliação de uma comissão formada por representantes da Fundação Cultural de Curitiba, da Feira de Artesanato do Largo da Ordem, da Associação dos Núcleos Artesanais de Vizinhança (Anav) e do Centro de Criatividade de Curitiba.

Para ser selecionado, o produto precisa ter características artesanais, artísticas, culturais e obedecer o tema proposto. Em seguida, são avaliados criatividade, acabamento, execução, funcionalidade, higiene, apresentação e estética.

Serviço:

Feira de Páscoa
Praça Osório
De segunda-feira a sábado, das 10h às 21h, e aos domingos, das 14h às 20h
Até 4 de abril

Praça Santos Andrade
De segunda-feira a sábado, das 10h às 20h
Até 3 de abril

Do Jornale

Brinquedos vivem crise existencial em 'Toy story 3'

17 de mar. de 2010

Primeiras cenas do longa foram exibidas em convenção em Las Vegas. Na história, Andy vai à faculdade e deixa os bonecos para trás.

Acabou a brincadeira para o caubói Woody, o astronauta Buzz Lightyear e seus amigos. "Toy story 3", exibido para um grupo seleto de donos de salas de cinema nos Estados Unidos, coloca uma nova questão para a turminha que, em 1995, levou a animação por computador para as telas de cinema do mundo: existe vida para um brinquedo depois que as crianças crescem?


"Vamos lá, vamos ver quanto a gente está valendo no eBay", lamenta um porco-cofrinho em um diálogo com os outros brinquedos enquanto Andy, seu dono, se prepara para ir à faculdade e deixá-los para trás.

Ainda que o filme não esteja finalizado, com muitas das cenas ainda em estado bruto, a sessão permitiu espiar um dos lançamentos mais aguardados do próximo versão norte-americano.

"As crianças mais novas que viram 'Toy story' e 'Toy story 2' quando saíram estão indo agora para a faculdade. Esse é o lugar onde está Andy, portanto é muito estranho e nostálgico para essas pessoas ver esse personagem, que é parte das suas infâncias, crescendo e enfrentando os mesmos desafios que eles", disse o diretor de "Toy story 3", Lee Unkrich, que trabalhou como motandor no primeiro filme e como codiretor no segundo.

O diretor de 'Toy story 3', Lee Unkrich (Foto: Matt Sayles/AP)

"Para qualquer um que tenha tido uma transição na vida - a ida à faculdade, pais mandando os filhos à faculdade, as pessoas deixando a faculdade e enfrentando o primeiro emprego. Essas são grandes transições. Nossos personagens, às suas maneiras, estão lidando com transições semelhantes", disse Unkrich em entrevista após a sessão.

Para os brinquedos favoritos de Andy, Woody e Buzz (dublados novamente por Tom Hanks e Tim Allen), a transição periga acabar com sua longa amizade. Em determinado momento, os dois discutem o que seria melhor para o seu futuro sentados à escada. Seus valores diminuíram ao longo dos anos, alguns de seus colegas foram jogados fora, doados ou vendidos em liquidações de garagem. Os brinquedos enfrentam sua própria mortalidade - o momento em que se perguntam: qual é o motivo de existir sem uma criança para brincar com eles.

Ursinho de pelúcia ditador

Previsto para estrear em 18 de junho, "Toy story 3" traz também vozes de atores como Joan Cusack, Don Rickles e Wallace Shawn. Entre os novos astros estão Whoopi Goldberg, Ned Beatty, Timothy Dalton e Michael Keaton.

As novas aventuras dos brinquedos os levam a um novo paraíso, uma creche infantil com um estoque inesgotável de crianças. Mas lá eles encontram um regime rígido imposto por um ursinho de pelúcia que decreta quais brinquedos irão acabar nas mãos das crianças mais boazinhas e quais ficarão com os pestinhas.

"Toy story 3" é o 11º longa-metragem do estúdio Pixar, da Disney, que recentemente venceu o Oscar de animação por "Up - Altas aventuras" - o estúdio venceu cinco dos nove Oscars de longas de animação desde a criação da categoria (os outros vencedores são "Procurando Nemo", "Os incríveis", "Ratatouille" e "Wall-E").

A produtora Darla K. Anderson ao lado de boneco de Buzz Lightyear (Foto: Matt Sayles/AP)

Alicerces da Pixar

Os profissionais da Pixar já sabiam desde 1999 que "Toy story 2" teria uma outra sequência. "Não fazemos continuações só por fazer, mas nesse caso, nós realmente amamos esses personagens e seu mundo", disse Unkrich. "Eles são o alicerce da nossa companhia. Pensamos neles como pessoas, não como personagens de desenhos animados. Portanto, queríamos muito visitar esse mundo outra vez. Mas não o faríamos se não tivéssemos algo grande."

A equipe criativa da Pixar se juntou em um retiro de dois dias no mesmo local onde bolaram a história original de "Toy story". Eles estavam pensando em uma ideia para "Toy story 3" havia anos, mas logo perceberam que ela não se sustentaria em um longa-metragem.

O primeiro dia se passou e nenhuma ideia nova apareceu. Então decidiram assistir a "Toy story" e "Toy Story 2" outra vez. "Não os víamos há anos. Então nos reunimos em torno de um laptop. Nem tínhamos uma TV", lembrou Unkrich. "Assistimos aos filmes e nos divertimos muito, muito mesmo. E quando eles acabaram, estávamos deprimidos, porque pensamos, como podemos fazer um novo filme à altura desses dois?"

"Estávamos deprimidos por um momento, mas então pensamos. Bem, nós fizemos esses filmes, então se alguém vai continuá-los, teremos de ser nós. Então nos encontramos no dia seguinte e, por sorte, os embriões de ideias apareceram."

A franquia se sustenta na premissa simples e esperta que a Pixar inventou no primeiro filme: que brinquedos ganham vida quando as pessoas não estão por perto.

A produtora de "Toy story 3" Darla K. Anderson ainda brincou com isso, sugerindo que os filmes da franquia beiram o documentário. "Penso que é um fato que brinquedos ganham vida. Não acredito que estejamos colocando isso em dúvida", disse. "Quando eu tinha 4 anos de idiade, acreditava que meus brinquedos estavam ligados a mim de um modo vivo."

Do G1

Exposição de cinema paranaense

Entre os dias 19 de março e 30 de abril, o Centro Europeu de Curitiba, em parceria com o Museu da Imagem e do Som, órgão da Secretaria de Estado da Cultura, promove a exposição Cinema Paranaense no Século XXI, uma mostra que reúne 26 cartazes e traça um panorama do crescimento e do sucesso do cinema paranaense neste início de século.


A mostra, que já esteve exposta na cidade da Lapa, contou com a curadoria de Sandra Faria e Tiomkim e exibe cartazes de obras produzidas pelos cineastas Geraldo Pioli, Beto Carminatti, Estevan Silvera, Nivaldo Lopes, Paulo Munhoz, Arnoldo e Paulo Friebe, Paulo Betti, Clóvis Bueno, Heloisa Passos, Marina Willer, Fernando Kinas, Marcos Jorge, Josina Melo, Guto Pasko, Tulio Viaro, Moacir David, Pedro Merege, Tiomkim, Marcos Sabóia, Joba Tridente, Eloi Pires Ferreira, Fernando Severo e Gil Baroni.

Para a fotógrafa Charly Techio, coordenadora do Curso de Fotografia do Centro Europeu e uma das organizadoras do evento, além de contar um pouco da rica história da produção cinematográfica no Estado, a mostra consegue apresentar, de uma maneira um pouco mais clara, o “casamento” entre a fotografia e o cinema. “O cinema é a fotografia em movimento e os cartazes selecionados para a mostra Cinema Paranaense no Século XXI conseguem retratar, em poucos detalhes, a história que será exibida”, conta.

A abertura oficial da exposição Cinema Paranaense no Século XXI vai acontecer na próxima sexta-feira, dia 19 de março, no Espaço Centro Europeu (Rua Brigadeiro Franco, nº 1700) a partir das 18h30. A entrada para a mostra é gratuita e os trabalhos poderão ser visitados de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e nos sábados, das 8h às 17h. Mais informações no site.

Serviço:

Local: Espaço Centro Europeu (Rua Brigadeiro Franco, nº 1700)

Data: De 19 de março a 30 de abril

Horário: De segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e sábado, das 8h às 17h

Informações: http://www.centroeuropeu.com.br/
 
Do CCPR

Uma roleta-russa. De gente!

16 de mar. de 2010

O site Chatroulette põe você em contato com estranhos, por vídeo. Quem não agrada na hora é descartado

RAFAEL PEREIRA

É a mais nova febre da internet: encontrar desconhecidos. Quer experimentar? Digite http://www.chatroulette.com/ e boa sorte. Eu poderia dizer que o Chatroulette, nova febre da internet, é um site que transforma seu computador em uma janela para a vida de estranhos espalhados pelo mundo, uma forma mágica de conhecer gente nova. Não estaria mentindo.
 

ESTRANHOS
Um usuário acessa o Chatroulette, na França. O site tem 35 mil pessoas conectadas a cada momento

O Chatroulette é um site de bate-papo com câmera. Exibe duas telas de vídeo do lado esquerdo de seu monitor (com sua imagem e a do outro) e um espaço para teclar à direita. À primeira vista, se parece com o Skype, um dos programas de computador mais usados no mundo para conversar com vídeo pela internet.

A diferença fundamental é que você não controla quem vem falar com você. Como o próprio nome diz (“chat” = bate-papo; “roulette” = roleta), os encontros são arranjados de forma aleatória, como a bolinha pulando solta em uma roleta de cassino. Você não tem o menor controle sobre quem verá a sua frente. De vez em quando vai esbarrar com algum pervertido, exibindo a genitália ou se masturbando diante de sua imagem no vídeo. Num caso desses – ou em qualquer caso, se você não gostar do que vê –, basta apertar o botão “Next” (“Próximo”) e esperar por um novo estranho. O mesmo vale do outro lado. Se a pessoa não gostou do que viu, aperta o botão e... você é desligado. Apenas isso, simples, sem nenhuma função complicada de usar. Não precisa nem se cadastrar – não há nenhum lugar para colocar seu nome. O anonimato faz parte da brincadeira.

O site foi criado por um adolescente russo chamado Andrey Ternovskiy, de 17 anos, que adorava bater papo pelo computador, mas estava cheio de ter de conversar sempre com as mesmas pessoas. Entrou no ar em novembro do ano passado e, em um mês, pulou de 500 para 50 mil usuários. Segundo estimativas do próprio criador, hoje há mais de 1,5 milhão de pessoas acessando o Chatroulette todos os dias, a maioria nos Estados Unidos. Seriam 35 mil pessoas conectadas a cada momento no site.

A definição mais fiel à realidade das pessoas que acessam o bate-papo é a cunhada pelo produtor de vídeos americano Casey Neistat, recém-contratado do canal de TV HBO, em um minidocumentário que fez sobre a ferramenta. “O público do Chatroulette pode ser definido em três categorias: moças, rapazes e pervertidos”, afirmou. A maioria esmagadora dos usuários é do sexo masculino. Desse total, uma boa parcela se enquadraria na categoria “pervertidos”. Simplesmente aparecem no vídeo se masturbando, ou mostrando com orgulho seus órgãos reprodutores. Uma pequena parcela é de mulheres. O jornal The New York Times chamou o site de “mundo surreal”. O programa matinalGood morning America, da rede de TV americana ABC, alertou as famílias para nunca deixar seus filhos menores de idade participar. O site é classificado como perigoso pela Oxbridge Researchers, uma assessoria de pesquisa acadêmica britânica. “Os frequentadores regulares são principalmente tarados e crianças”, diz a pesquisadora Hala Khalek, da Oxbridge.

Os tarados, porém, não são suficientes para explicar o sucesso do site. Há algo a mais. Seria a chance de conversar livremente com desconhecidos? A curiosidade sobre outras culturas? O estímulo de ver, e paquerar, tanta gente dentro de sua sala? Para investigar o site, fizemos uma experiência. Com um laptop e uma conexão de internet, comparei meu desempenho com o de dois modelos, um homem e uma mulher. Cada um de nós ficou 15 minutos na frente do computador, com a câmera ligada, conversando com os usuários do Chatroulette. Era a primeira experiência de nós três com o site. E permitiu algumas conclusões. De cada dez pessoas do outro lado do vídeo, seis eram homens e uma era mulher. As outras três, também homens, demonstravam claras intenções sexuais. O fato de homens serem preponderantes fez com que minha experiência e a de Leonardo Brandão, de 28 anos, o modelo masculino, fossem bem parecidas. Na maioria das vezes, os homens da roleta queriam falar com mulheres. Identificar outro homem é motivo de sobra para, em menos de um segundo, acionar o botão (compare nosso nível de rejeição no quadro no fim da reportagem) . O botão “Next”, que passa você adiante, é às vezes acionado tão rápido que dá a impressão de que eles só viram um flash de sua imagem para dar o veredicto.

Da revista Época

Curitiba participa da Hora do Planeta deste ano

15 de mar. de 2010


Curitiba aderiu oficialmente ao movimento Hora do Planeta 2010. No dia 27 de março, doze monumentos da cidade terão suas luzes apagadas por uma hora, das 20h30 às 21h30. O movimento é um ato simbólico de combate ao aquecimento global promovido globalmente pela Rede WWF desde 2007 e acontece pela segunda vez no Brasil.


A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza e a prefeitura de Curitiba são as apoiadoras da campanha na capital paranaense. A prefeitura vai apagar as luzes da Estufa do Jardim Botânico, Teatro do Paiol, Fachada do Paço da Liberdade, Fonte dos Anjos, Torre da Biodiversidade, Torre Panorâmica, Monumento de Bambu na Linha Verde, Fonte da Praça Santos Andrade, Fonte da Praça Generoso Marques, Portal de Santa Felicidade, Pista de Atletismo da Praça Osvaldo Cruz e Cancha Polivalente da Praça Ouvidor Pardinho. "É uma campanha alinhada aos objetivos da Prefeitura de focar sempre no desenvolvimento sustentável", diz o prefeito de Curitiba, Beto Richa.

A Fundação O Boticário é responsável por mobilizar a população da cidade, incluindo organizações, empresas e pessoas, para aderirem ao movimento e também multiplicarem a ideia.

No Ano Internacional da Biodiversidade, o objetivo da Hora do Planeta no Brasil é conscientizar a sociedade sobre a importância da conservação e recuperação das matas, florestas e recursos hídricos nacionais como forma de proteção contra as mudanças climáticas, bem como para reduzir emissões de gases do efeito estufa causadas pelo desmatamento.

De acordo com a WWF, no último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão das Nações Unidas responsável por produzir informações científicas) os cientistas afirmaram que há 90% de certeza de que o aumento de temperatura na Terra está sendo causado pelo ser humano.

"O apagar das luzes é um ato simbólico, mas muito representativo. Mostra o poder de mobilização da sociedade em prol de uma causa. É uma oportunidade para mostrar aos nossos atuais e futuros governantes, neste ano eleitoral, que nós cidadãos consideramos a conservação da natureza uma questão prioritária e que ela deve ser levada em consideração em todos os planos de governos", diz a diretora executiva da Fundação O Boticário, Malu Nunes.

MUNDO

A Hora do Planeta 2010 pretende contar com a adesão de mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Em 2009, milhões de brasileiros em 113 cidades apagaram suas luzes e mostraram sua preocupação com o aquecimento global. Em Curitiba, 125 mil pessoas foram envolvidas diretamente no movimento por meio da mobilização da Fundação O Boticário.

"A Hora do Planeta é um movimento de todos nós. Ela une cidades, empresas e indivíduos para demonstrar às lideranças mundiais - e, principalmente, para mostrar uns aos outros - que queremos uma solução contra o aquecimento global. É uma oportunidade única para nós, brasileiros, de nos unirmos com a comunidade global em uma única voz para combater os efeitos das mudanças climáticas", acrescenta Denise Hamú, secretária-geral do WWF-Brasil. Qualquer pessoa pode aderir ao movimento. Basta apagar as luzes no dia e hora da ação e se cadastrar no site do movimento (www.horadoplaneta.org.br).

A CAMPANHA

A Hora do Planeta, conhecida globalmente como Earth Hour, é uma iniciativa global da Rede WWF para enfrentar as mudanças climáticas. No sábado, dia 27 de março de 2010, às 20h30, pessoas, empresas, comunidades e governo são convidados a apagar suas luzes pelo período de uma hora para mostrar seu apoio ao combate ao aquecimento global.

Na primeira edição, realizada em 2007 na Austrália, 2 milhões de pessoas desligaram suas luzes. Em 2008, mais de 50 milhões de pessoas de todas as partes do mundo aderiram à ação. Em 2009, quando o WWF-Brasil realizou pela primeira vez a Hora do Planeta no Brasil, quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo apagaram suas luzes.

WWF-BRASIL

É uma organização não governamental brasileira dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações. O WWF-Brasil, criado em 1996 e sediado em Brasília, desenvolve projetos em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede independente de conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.

Fonte: Diário Popular

Maravilhas e maravilhas bizarras da cidade

12 de mar. de 2010

Em 2007 um site curitibano realizou uma votação para escolher as 7 maravilhas bizarras da cidade. Entre muitos concorrentes de peso, venceu a Estátua da Liberdade da Havan, seguido pela igreja batista em eterna construção na Av. Batel.


A escolha dos monumentos curitibanos faz parte de uma brincadeira virtual para divulgar o site e acabou ganhando grande repercussão na internet. “Foi engraçado. Acabou tomando uma dimensão que não esperávamos”, conta o jornalista Rodrigo Apolloni, um dos idealizadores do concurso.

Ao contrário da votação mundial que durou várias semanas e contou com a participação de cerca de 100 milhões de pessoas, a eleição das sete maravilhas bizarras de Curitiba aconteceu em apenas uma semana e teve somente 70 votantes. O primeiro lugar ficou com a réplica da Estátua da Liberdade da loja Havan, no bairro Prado Velho. Em seguida estão a Fonte da Memória, localizada no Largo da Ordem, e a Primeira Igreja Batista de Curitiba, que continua em construção na Avenida Batel. Os outros quatro eleitos são o Rio Belém; a cracolândia dos arredores da Praça Tiradentes; a vida “trash” noturna da Rua Cruz Machado; e o mural pintado na fachada da prefeitura.

Apolloni conta que a idéia do concurso surgiu em um bate-papo durante o intervalo de trabalho. A lista de indicados ao “título” foi montada na mesma hora. “Bizarro não quer dizer tosco ou feio. O dicionário traz o significado de algo extravagante. Quem votou fez a associação que quis”, justifica o jornalista.

A campeã da extravagância, a estátua da Havan, fez a professora aposentada Maria Auxiliadora Pimenta pensar no sentido do monumento. “Não tem nada a ver com o Brasil. É copiado”, critica. A assessoria da rede catarinense de lojas explica que a estátua foi colocada em algumas unidades como estratégia de marketing para chamar a atenção das pessoas.

Já a cabeça de cavalo da Fonte da Memória que jorra água pela boca divide opiniões. “É estranho”, afirma a cuidadora de idosos Lenir Pereira da Silva. “Acho interessante. É muito importante porque não nos deixa esquecer de onde nós viemos”, diz o economista André Florecki. O monumento do artista curitibano Ricardo Tod, morto em um acidente rodoviário em 2005, foi colocado em frente à Igreja do Rosário em 1995, na gestão de Rafael Greca, para resgatar a história dos colonos que levavam seus cavalos para beber água na região. “Prefiro não entrar no mérito do julgamento, já que assim são os grandes artistas: conseguem irritar a mediocridade até depois de mortos. Ricardo Tod morreu como artista da galeria Louvre, em Paris”, dispara Greca.

Há 24 anos em construção, a Primeira Igreja Batista de Curitiba também não deixa de chamar a atenção pelo seu tamanho. O projeto, iniciado em 1983, será concluído com 27 mil metros quadrados, mas ainda não há previsão para o término das obras. O pastor Paschoal Piragine Júnior, presidente da igreja, explica que a obra tem sido feita de acordo com as doações dos fiéis e ressalta que o local também abriga diversas ações, como curso pré-vestibular e núcleo de emprego.

Agora é a vez dos internautas escolherem as 7 maravilhas da cidade representadas em fotos. Em comemoração aos 317 anos da capital, a Gazeta do Povo está realizando a eleição das 7 Mara-vilhas de Curitiba. A partir desta segunda-feira, o público poderá votar pela in ternet em um dos 20 retratos da cidade feitos pelos fotógrafos do jornal. As sete imagens mais votadas vão virar uma coleção de postais, que circulará no jornal entre os dias 29 de março e 4 de abril. Um suplemento especial contará os detalhes de cada uma das 7 Maravilhas escolhidas.


“Para o aniversário de Curitiba, o jornal pensou, neste ano, em contar com a participação efetiva da po pulação. Para isso, repassou aos curitibanos a tarefa de escolher quais imagens representam me lhor a capital. Afinal, não há ninguém melhor que os próprios cidadãos para decidir quais são os registros mais significativos da cidade”, diz Nelson Souza Filho, diretor de redação da Gazeta do Povo.

As 20 fotos selecionadas misturam, segundo o editor de fotografia João Bruschz, o olhar afetuoso do curitibano com a curiosidade de quem vê tudo pela primeira vez e o primor técnico. “O profissional da fotografia sempre busca olhar o cotidiano sob um novo ângulo. Se ja pelo ineditismo da imagem, para extrair alguma informação especial ou, simplesmente, pela estética”, comenta.

O resultado são imagens poéticas, curiosas e, muitas vezes, en graçadas que revelam uma Curi tiba de detalhes, de intervalos e de anônimos. Entre as fotografias, as polêmicas calçadas de petit pavê, os ipês floridos, as luzes do trânsito barulhento, o casario multicolorido da capital, os dias preguiçosos de chuva e as réstias de sol sobre gramados gelados. “Fugimos dos pontos turísticos, para olhar além. Olhar para o que está diante de todos, mas só fica registrado por meio da fotografia”, diz Bruschz, que fotografa há 33 anos – 22 deles para a Gazeta do Povo.

Como votar

- Basta acessar o endereço www.gazetadopovo.com.br/7maravilhas e escolher a imagem preferida, entre os dias 8 e 18 de março.

CARACTERE(S) - RETRATOS EM PRETO E BRANCO

11 de mar. de 2010

PREPARANDO A SÉTIMA INTERVENÇÃO: CARACTERE(S) - RETRATOS EM PRETO E BRANCO


A partir de 1º de março, Tom Lisboa inicia projeto inédito de criação e intervenção coletivas

Desde 2004, sempre no mês de maio, o artista visual Tom Lisboa desenvolve uma intervenção urbana inédita para a capital paranaense. Nestes sete anos, ele já ocupou 20 outdoors no centro da cidade, fixou polaroides (in)visíveis em telefones públicos, pendurou molduras coloridas em pontos de ônibus e colocou fotos de pássaros em árvores de vários parques.


Em "Caractere(s) - Retratos em Preto e Branco" Tom explora a visualidade proveniente da palavra escrita. Estes "Retratos em Preto e Branco" são mini-cartazes que convidam o espectador a construir mentalmente os personagens contidos nos textos. A diferença em relação às outras intervenções realizadas é que, pela primeira vez, o artista vai dividir com o público a autoria das obras e a intervenção não estará restrita a Curitiba. "Eu queria experimentar, em um projeto no "mundo real", a interatividade e a desterritorialização da internet, um meio que tem sido fundamental para minha produção", afirma.

Caractere(s) acontecerá em duas fases. Na primeira (março/abril), Tom receberá, por email, descrições de pessoas ou até mesmo personagens de livros para estes "retratos" (veja regras de participação no site). Na segunda fase (maio), todos os "retratos" farão parte de uma intervenção que poderá acontecer, simultaneamente, em várias cidades. Para fazer a intervenção, basta visitar o site de Caractere(s) e imprimir os "retratos" que desejar (em papel branco e tinta preta). Aqueles que enviarem o registro fotográfico da intervenção terão esta imagem divulgada na Galeria de Fotos do evento.

Motivado pelos baixos custos de produção, os resultados sempre inesperados e o contato com vários artistas, Tom tem estimulado "mobilizações criativas" como esta através da internet. Desde 2006, quase 400 participantes envolveram-se em seus projetos, que acabaram sendo expostos em mais de 50 cidades, de 20 países.

Serviço:

Informações sobre Caractere(s): www.sinTOMnizado.com.br/caracteresrpb

Datas:

Criação dos Caractere(s) - 01/03 a 30/04/10

Intervenção Coletiva - 01/05 a 31/05/10


Local da Intervenção Coletiva:

A intervenção pode acontecer, simultaneamente, em qualquer cidade.

Os interessados devem acessar o site de Caractere(s) e imprimir as obras para fazer a intervenção.

Tom Lisboa fará a intervenção em Curitiba.

Curitiba sedia encontro de twiteiros culturais

Evento começa amanhã no Centro de Eventos da Federação da Indústrias do Estado do Paraná


Ninguém mais dúvida da potencialidade de divulgação e propagação de informações através das redes sociais digitais. Ferramentas como Twitter, Orkut, Facebook, Youtube, já são utilizadas por grandes empresas e pessoas famosas para divulgar seus produtos e trabalhos, aproximar mais de seus públicos e construir e manter sua imagem.

Atualmente a febre é o Twitter, microblog para troca de mensagens rápidas. Recente estudo divulgado em janeiro comprova o crescimento e a popularidade do Twitter no Brasil, que ocupa a segunda posição em número de usuários no mundo. O país responde por 8,8% do mercado da rede, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Segundo dados divulgados pela empresa responsável pelo Twitter, o microblog tem diariamente 50 milhões de mensagens (Tweets). Cerca de 20% delas fazem referência a produtos ou marcas. O que comprova a potencialidade da ferramenta para o marketing e divulgação.

No setor cultural, isso não é diferente. Grandes nomes da música popular como Maria Rita e Ivete Sangalo; grupos de dança como o Grupo Corpo e outros tipos de manifestação cultural utilizam as redes sociais para divulgar seus trabalhos e espetáculos.

Exatamente com o intuito de debater a cultura nas redes sociais, profissionais de literatura; música; cinema; multimídia; jornalismo e áreas afins, que são ligados em cultura e presentes no Twitter, se uniram e criaram o “Encontro de Twitteiros Culturais do Brasil”.

Curitiba, capital do Paraná, será sede do 4º Encontro desses Twitteiros. O evento acontece durante as atividades Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010 (CICI 2010). Amanhã, a partir das 15h, no Centro de Eventos da Fiep (Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico – Curitiba).

Para Júlia Ramalho Pinto (@arpjulia), coordenadora do ETC_BH (@ETC_BH) e uma das convidadas para conduzir os debates, o evento é de extrema importância, uma vez que a cada dia mais pessoas aderem às redes sociais como forma de interação. “Diante da grande popularidade e da potencialidade dessas ferramentas esse tipo de encontro ganha relevância. O Twitter é hoje um grande divulgador de idéias. E por que não transformá-lo em um grande propagador da cultura? Este encontro será importante para avançamos em questões de como melhor utilizar essa rede que a cada dia cresce mais. Do último ETC_Brasil 27/02, três novas cidades já aderiram a rede”, diz.

Júlia explica que estará na pauta de debates a relação do Twitter com a cultura, forma de utilização e como o Twitter pode auxiliar na difusão de informações para públicos não interessados na área. A cada encontro são colocadas novas questões práticas de como ir tecendo a rede e utilizando-a melhor.

Júlia Ramalho Pinto @arpjulia – Sócio-diretora da Estação do Saber, Mestre em administração (UFMG), psicóloga (FUMEC) clínica (psicanálise) e organizacional (coach), administradora (UFMG), professora universitária em cursos de graduação e pós-graduação, curadora e coordenadora do projeto Estação Pátio Savassi.

Fonte: Jornal do Estado

Quantas calorias você gasta Twittando?

10 de mar. de 2010

Ashton Kutcher e Tom Hanks já experimentaram

No dia 4 de março, a DM9DDB lançou o medidor de calorias gastas no Twitter, criado para a Companhia Athletica. Um dos primeiros a testar a nova ferramenta foi o ator norte americano Ashton Kutcher, que ficou conhecido pelo papel de Michael Kelso, na série de televisão That 70’s Show e é hoje casado com a atriz Demi Moore. Veja o que apareceu em @tweetcalories, fazendo referência à visita do perfil oficial de Kutcher: @aplusk burned 5.15 in the past 24h. O ator Tom Hanks também já aderiu: @tomhanks just performed a Tweet Calorie test and he burned 1.03Kcal on the last 24 hours.



O Tweet Calories usa um método de matemática muito simples. Por meio de uma média de tamanho das palavras, velocidade média de digitação, calorias que se perde por minuto, e quanto se costuma gastar em uma twittada, é possível descobrir quantas calorias o usuário gastou nas últimas 24 horas. Basta entrar no site http://tweetcalories.com/ e digitar seu Twitter user. No perfil @tweetcalories, é possível conferir quem já participa da ação.

Lei antifumo “pegou” no Paraná

Apesar da falta de fiscalização, fumantes respeitam a proibição de cigarros em locais fechados. Em cem dias, só houve 24 multas no estado

FABIULA WURMEISTER,

Foz do Iguaçu - A lei paranaense antifumo completou nesta semana cem dias em vigor com boa adesão – e com poucas punições. Entre as principais cidades do estado, apenas Curitiba registrou multas contra estabelecimentos comerciais e casas noturnas que desrespeitaram a proibição de fumo em ambientes fechados. A pequena quantidade de punições se deve a dois fatores. Primeiro, ao que tudo indica os fumantes resolveram respeitar a lei por si próprios. Por outro lado, a fiscalização é mais frágil do que se desejaria.

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostra que até o início de fevereiro haviam sido feitas mais de 12,3 mil inspeções em todo o Paraná. No mesmo período, foram aplicados 65 autos de infração. Desses, 24 evoluíram para multas, todos na capital. Também em fevereiro, numa punição mais grave, cinco estabelecimentos tiveram de fechar as portas por 48 horas. No mesmo período, regionais como as de Pato Branco e Paranaguá fizeram em média cerca de mil inspeções. Mas ninguém foi multado.

Fuga: Rodrigo Rahmeier, de Foz do Iguaçu, atravessa a fronteira com o Paraguai para frequentar bares sem precisar deixar de fumar

Fiscalização falha

A dificuldade em fiscalizar mais de perto o cumprimento da lei antifumo estaria no pequeno número de técnicos que a Vigi lância Sanitária pode deslocar para a atividade. “Estamos trabalhando, mas ainda não contabilizamos nenhuma infração. Por causa da gripe A e da dengue não temos tempo para correr atrás disso”, admitiu o diretor da Vigilância Sanitária de Londrina, João Martins.

Mesmo com algumas irregularidades, o diretor disse que a incidência de pessoas que fumam em ambientes fechados diminuiu em 90% – sinal de que a lei está sendo respeitada. “Nesses locais (bares e restaurantes), a lei pegou bem, mas ainda vamos fazer um mutirão em locais mais necessários, como terminais de ônibus”, disse o diretor. Para Martins, o artigo da lei que pede ampla divulgação antes da punição não foi totalmente cumprido. “Queremos divulgar ainda mais”, diz.

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) em Lon drina, Arnaldo Falanca, reclama da falta de fiscalização. “Não estamos sentindo que o controle esteja sendo feito e, se não houver controle de forma severa, a lei pode não pegar”. Segundo Falan ca, por causa disso ainda é possível ver pessoas fumando onde snão deveriam.

A falta de controle sobre o cumprimento das leis interfere de forma direta na eficácia das regras e, consequentemente, sobre o respeito a tais regras. De acordo com o especialista em Direito Constitu cional Augusto Nencini, independentemente do teor de uma lei, se não houver fiscalização serão menores as chances de ela ser seguida à risca, em especial quando prevê sanções como multa ou prisão. “A eficácia da lei está ligada ao seu controle, seja por parte dos órgãos responsáveis ou pela própria população.”

Interior

Frequentador de bares e restaurantes de Foz do Iguaçu, o guia de turismo e estudante de Psicologia Rodrigo Rahmeier, fumante há 15 anos, não concorda com o rigor da lei e, para evitar o desconforto de ter de fumar na calçada, tem procurado estabelecimentos do outro lado da fronteira. “No Paraguai e na Argentina não tem esse controle todo nos bares. Lá meus amigos e eu nos sentimos mais à vontade.” Segundo ele, a prática vem au mentando entre os moradores da fronteira.

Em Campo Mourão, no Centro-Oeste do estado, as duas notificações pelo uso de tabaco em local fechado de uso coletivo foram motivadas por denúncias feitas por sócios de clubes de recreação à Vigilância Sanitária. Em 100 dias, foram realizadas cerca de mil inspeções. Segundo o chefe do departamento, Márcio Alencar, o município optou primeiro por conscientizar a população, por meio de panfletagem. Até que a divulgação termine, as multas serão aplicadas apenas em casos reincidentes.

Já em Ponta Grossa foram feitas 500 fiscalizações, mas não houve nenhuma multa ou interdição. “As pessoas estão bem conscientes”, afirma o coordenador do serviço, Joselito Pinheiro da Costa Junior. O gerente de um bar, Sebastião Ademir Maciel, confirma. “Não tive problemas, todos estão respeitando.”

Nos primeiros fins de semana, uma equipe da Vigilância Sanitária percorria as casas noturnas para identificar irregularidades. Mas agora, conforme relata Costa Junior, como a equipe é pequena, só atua se houver denúncias ou durante as fiscalizações de rotina do departamento.

Pioneira na lei de restrição ao cigarro em bares e restaurantes, Maringá conta com lei municipal antifumo desde 2006. Como já existia a proibição, inclusive dos fumódromos, o consumidor e o comerciante maringaense já estavam habituados às regras, avalia a gerente de Vigilância Sanitária local, Dora Ligia Bombo. “A lei estadual veio para ajudar a manter os ambientes livres de fumaça, pois ela é mais restritiva que a lei municipal, com penalidades mais altas”, observou.

Colaboraram: Fábio Luporini, Jornal de Londrina; Carlos Eduardo Kadu, correspondente em Campo Mourão; Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa; e Hélio Strassacapa, Jornal de Maringá On-line

Conheça a lei


Em vigor desde o dia 29 de novembro de 2009, a lei antifumo paranaense estabelece que fica proibido o uso de qualquer produto derivado do tabaco em vários locais:


Proibições


A lei não permite fumo em:


> Local de uso coletivo – total ou parcialmente fechado. Exceções: locais de culto religioso, de tratamento de pacientes autorizados a fumar pelo médico, residências, vias públicas e locais próprios para consumo (tabacaria).


> Veículos públicos ou privados de transporte coletivo.


Responsabilidade


Cabe ao dono do estabelecimento:


> Não dispor cinzeiros, caixas de areia, isqueiros e afins.


> Afixar avisos de NÃO FUMAR em local visível.


> Orientar funcionários a não fumar e informar os clientes sobre a proibição.


> Comunicar a Polícia Militar quando necessitar de auxílio para retirar clientes do estabelecimento.


Fiscalização


Cabe às vigilâncias sanitárias estadual e municipal:


> Realizar inspeção nos locais de abrangência da lei.


> Ao detectar infração, lavrar Termo de Intimação, determinando que o estabelecimento tome medidas para o cumprimento da lei, lavrar Auto de Infração e multa de 100 unidades Padrão Fiscal (equivalente a R$ 6.070), que pode dobrar em caso de reincidência.


Fonte: Sesa-Pr


82% dos fumantes têm problemas de saúde


Rio de Janeiro - Os fumantes brasileiros estão preocupados com a saúde e 82% deles já sofreram com problemas relacionados ao tabaco. E mais: 65% são a favor das leis de proibição total ao fumo em ambientes fechados. Entre os não fumantes, essa aprovação sobe para 80% dos entrevistados. Os dados fazem parte da pesquisa do International Tobacco Control, que avalia em 20 países o impacto das políticas públicas implementadas pelos governos.


O estudo foi divulgado ontem pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), na véspera da votação, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, do projeto de lei que proíbe o fumo em ambientes fechados em todo o território nacional. Entre os 20 países que participam do trabalho foi no Brasil que os pesquisadores encontraram o maior índice de arrependimento. Entre os fumantes entrevistados, 91% preferiam não ter experimentado o cigarro.


Agência Estado

Fonte: Gazeta do Povo

Sustentabilidade no carrinho de mercado

Você pode separar o lixo, economizar luz e água e usar os dois lados da folha de papel. Agora o convidamos para dar um passo além, dentro do supermercado. Como consumidores, temos uma ferramenta poderosa em favor do meio ambiente: o direito de escolha. Em meio às gôndolas abarrotadas de marcas, o consumidor é quem dita as regras e pode optar por um produto qualquer, ou outro que tenha destaque por sua responsabilidade sócio-am biental. Sim, eles existem em quase todos os segmentos. As grandes redes de supermercados já estão cientes de que há um público crescente que sabe diferenciar produtos e empresas que realmente contribuem com o bem-estar do planeta.

“No início todos os produtos vão parecer iguais”, afirma Ricardo Oliani, coordenador de mobilização comunitária do Instituo Akatu (organização que divulga o consumo consciente).

Mais simplicidade - O professor Arnaldo Carlos Muller orienta a evitar embalagens rebuscadas e desnecessárias. “A garrafa de vinho não precisa vir em uma embalagem de papel”, exemplifica. O material usado na embalagem também é importante:“Um produto sustentável certamente não é aquele cujo envoltório seja eterno, que permanece gerando vários tipos de impactos ambientais por longo tempo, ou cuja decomposição gera a degradação do local onde foi lançado.”

Então, para fazer a escolha certa, o jeito é investir alguns minutos na observação de rótulos e embalagens. “Quan do compramos um remédio lemos a bula toda, as contraindicações, se vai fazer mal... Essa investigação também é importante quando se compra um produto”, compara. Data de validade, componentes, certificações, cumprimento da legislação e participação em programas ambientais e sociais são informações decisivas na hora do produto deixar, ou não, a prateleira. Mesmo que nem todas essas informações acompanhem o produto, Oliani afirma que o consumidor deve buscá-las. “Toda empresa tem um SAC (Serviço de Atendimento ao Consu midor) e as informações também são disseminadas por meios eletrônicos. Cada vez mais as empresas vão divulgar as características sustentáveis de seus produtos, então vai ficando mais fácil para o consumidor optar”, diz.

Bom exemplo - Graça (acima) e o marido Daniel Buehler mudaram-se para o Brasil depois de 20 anos na Suíça. De lá trouxeram as sacolinhas retornáveis e hábitos que ainda precisamos aprender por aqui, como o de ter uma lixeira com divisões para saquinhos coloridos, específicos para cada tipo de lixo. “Eu separo tudo e faço a minha parte. Não temos filhos, mas não quero que os filhos dos meus amigos sofram depois com o lixo que produzo hoje”, diz Graça

Ecológico? Por quê?

Diversas pesquisas confirmam que as pessoas estão dispostas a pagar mais caro por um produto se souberem que ele foi produzido de forma ambientalmente responsável. De fato, para se chegar a um produto com essa característica é necessário investimento em tecnologia e adaptações na cadeia de produção. Mas é preciso cautela: nem tudo que se diz ecológico pode realmente ser chamado assim.

“A sustentabilidade já entrou para o dicionário das pessoas, agora vivemos um segundo momento, e todos querem dizer que são ecológicos. Para sair dessa armadilha, o consumidor pre cisa mudar seu comportamento e se interessar pelo que compra. Por outro lado, as em presas precisam se comunicar melhor e os parâmetros também precisam ser mais claros para que não haja confusão na cabeça do consumidor”, diz Oliani.

Entre o fabricante e o consumidor

Nosso principal cenário de consumo é o supermercado. Ele se tornou imprescindível para quem quer ter uma vida mais sustentável se imaginarmos que podemos ficar meses sem adquirir uma camiseta, mas dificilmente ficamos sem comprar leite, feijão, arroz, produtos de higiene...

Uma das ações de redes como Pão de Açúcar e Festval é a instalação do caixa verde ou caixa ecológico. Visitamos uma das lojas mas, infelizmente, não são todos os clientes que estão familiarizados com a “novidade”, que já tem quatro anos.

“É pela cor?”, nos perguntou um. “Deve ser só marketing!”, desconfiou outro. E você, sabe o que é um caixa ecológico? Va mos deixar a funcionária pública Re gina Maria Fontoura Oli veira, 41 anos, explicar: “Todas as em ba lagens que não precisamos levar para casa descartamos em lixeiras, e elas são doadas. Podem ser caixinha de pasta de dente, caixa que embala junto o xampu e o condicionador e embalagens de bolacha que vêm no plástico e na caixa de papelão.” Regina não se surpreende por saber que, antes dela, dez clientes passaram pelo caixa ser saber do serviço de coleta de embalagens. “Eu conheço porque sou curiosa. Fora isso, se eu não fizer, meus filhos me cobram. Vale a pena usar esse caixa, com isso diminuímos o lixo em casa. Eles deveriam colocar o serviço em todos os caixas, assim as pessoas iam se acostumar”, diz Regina.

Mas, para haver expansão, é preciso adesão, como explica o professor de mestrado de Ges tão Ambiental da Universidade Positivo Klaus Dieter Sautter. “As pessoas precisam dar ênfase e preferência a pontos de venda que têm ações e produtos sustentáveis, por isso diminui o impacto global do consumo. O consumidor tem tudo nas mãos, se disser: ‘A partir de amanhã tal produto tem de ser assim ou não compramos mais’. As empresas terão de ouvir”, afirma.

Alguns supermercados também estão atentos ao pós-consumo. Redes como Angeloni, Wal mart e o próprio Pão de Açúcar encaminham para a reciclagem o lixo deixado pelos clientes, além de contarem com diversas ações para reduzir o consumo de energia elétrica, valorizar programas sociais ou ambientais – próprios ou de fornecedores –, ou aproveitar inteiramente a água da chuva, por exemplo.

Você conhece as ações promovidas pelo supermercado que frequenta? Consulte, cobre e usufrua, e mostre que o consumo sustentável é algo pelo qual vale a pena lutar.

Novidade na prateleira

A união entre a rede Walmart Brasil e nove de seus principais fornecedores resultou no projeto “Sustentabilidade de Ponta a Ponta”, com produtos mais sustentáveis à venda, primeiro na Rede Walmart (Walmart, Big, Sam’s Club e Mercadorama) e em outros supermercados a partir do mês que vem.

A ideia é agregar à produção de um produto de marca conhecida pelo público conceitos sustentáveis, que vão da redução ou alteração do tipo de embalagem e matéria-prima empregada, à redução do consumo de energia, de água e dos resíduos sólidos gerados. Além do suporte e consultoria técnica, o Walmart oferece aos parceiros a garantia de compra, visibilidade e exposição diferenciada dos produtos.

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Sustentabilidade de Ponta a Ponta

Pelo programa “Sustentabilidade de Ponta a Ponta” do Walmart Brasil, nove produtos chegaram às prateleiras depiis e um banho de sustentabilidade. Confira as mudanças em cada um:

Esponja de banho Curauá –Este projeto teve como base o desenvolvimento de um produto novo focando o uso de fontes renováveis (fibras naturais) e fibra sintética (fonte fóssil) reciclada, bem como a redução de massa do sistema de embalagem e a otimização no uso de energia. Em comparação a uma espoja de banho regular, a de curauá apresentou as seguintes vantagens:

- 44% menos matéria-prima consumida na produção das embalagens do produto e das caixas de transporte;

- 32% de redução na geração de resíduos sólidos, devido ao desenho inovador da esponja que permite um melhor aproveitamento da manta de fibra;

- 52% de redução no consumo de energia elétrica no processo industrial;

- Simplificação do material de embalagem para facilitar o processo de reciclagem;

- 42% de incorporação de matéria-prima de fonte renovável (fibra de curauá e cordão de algodão);

- 198% de aumento no uso de material reciclado com adição de fibras PET e caixa de papelão, ambas 100% recicladas;

- Uso de matéria-prima certificada pelo FSC - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, para produção das caixas de papelão para transporte dos produtos.

Óleo Liza - Este projeto teve como base melhorias nos processos produtivos com destaque para a redução de peso na embalagem primária de PET e os benefícios oriundos da implantação de uma nova planta industrial mais eficiente. Os ganhos ambientais alcançados pelo projeto foram:

- Redução de 26% no consumo de água;

- 18% de redução no consumo de energia elétrica na produção das garrafas plásticas;

- 35% de redução na quilometragem rodada por caminhões para o transporte de produtos até os centros de distribuição do Walmart Brasil por meio da otimização de viagens;

- Redução de 56% no consumo de combustíveis fósseis por meio da troca de parte da matriz energética de petróleo para biomassa de origem controlada;

- Uso de matéria-prima certificada pelo FSC -Conselho Brasileiro de Manejo Florestal e Cerflor - Programa Brasileiro de Certificação Florestal, na produção das caixas de papelão dos produtos finais;

- Redução de 10% na quantidade de matéria-prima plástica necessária para a produção das embalagens do produto;

- Redução total de 40% nas emissões de gases de efeito estufa.

Pinho Sol - A linha Pinho Sol foi revista em relação aos impactos de sua produção dentro das unidades industriais da Colgate e fora de seus portões, com melhor conhecimento dos processos que garantem as matérias primas necessárias aos produtos. Os benefícios alcançados foram:

- redução de 17% do consumo de material plástico na embalagem do produto;

- embalagens com material PET 100% reciclado, sendo 90% pós-consumo e 10% pré-consumo;

- Redução de 15% da gramatura da tampa com a retirada do selo de vedação, facilitando também o processo de reciclagem;

- utilização de 45% de papelão reciclado pós-consumo para a produção das caixas de transporte resultando em uma economia 416 toneladas de matéria-prima virgem por ano;

- reuso de 3% de água no processo produtivo;

- redução de 6% no consumo de energia para o processo produtivo;

- 100% de utilização de papel certificado pelo FSC - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, para a produção dos rótulos do produto;

- utilização de essências de fornecedores certificados de acordo com a norma NBR ISO 14.001.

Matte Leão Orgânico - Este projeto teve como base o desenvolvimento de um produto orgânico certificado, bem como a implantação de uma fábrica verde, uso de material reciclado e redução da quantidade de tinta de impressão na embalagem. Resultados:

-uso de 100% de erva mate orgânica certificada pela Ecocert e pelo IBD - Instituto Biodinâmico, atestando a não utilização de fertilizantes químicos ou pesticidas no seu cultivo;

-uso de material 100% reciclado na embalagem do produto, sendo 30% reciclado pós-consumo;

-redução da emissão de CO2 no transporte da erva mate pelo uso de 10% de biodiesel;

-redução de 90% na quantidade de tinta de impressão na embalagem do produto;

-93% de redução na emissão de compostos orgânicos voláteis com o uso de tinta de impressão de baixo COV;

-comunicação na embalagem sobre o aproveitamento do resíduo do chá como adubo orgânico;

-comunicação na embalagem sobre o ciclo de vida do produto, desde a sua produção até chegar ao consumidor final;

-redução de 23% no consumo de energia no processo de produção;

-redução de 36% no consumo de água no processo produtivo;

-utilização de caixas de transportes feitas com matéria-prima certificada pelo FSC - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal.

Band-Aid - Este projeto de melhoria teve como princípio o desenvolvimento de uma embalagem primária de menor volume para acondicionar a mesma quantidade de band-aids com benefícios como redução na quantidade de material de embalagem, otimização do processo produtivo e do transporte do produto.

- redução de 18% no uso de matérias-primas para a embalagem;

- utilização de 30% de matéria-prima reciclada pós-consumo na embalagem do produto, representando uma economia de mais de 32 milhões de embalagens que utilizariam matéria-prima virgem para sua produção;

- utilização de 40% de matéria-prima reciclada pós-consumo na caixa de transporte do produto, representando um ganho equivalente a 1,8 milhões de caixas de papelão para transporte;

- redução de 2.038 toneladas por ano de material em perdas no processo de produção;

- redução de 1.192.000 kWh por ano de energia no processo de produção;

- reciclagem de 50 toneladas por ano de resíduos de papel siliconado que deixaram de ser encaminhados para aterros industriais;

- redução de 11.600 km em transporte de containers de produtos no Brasil e América Latina devido a redução da embalagem;

- redução do transporte de 3.228 paletes e de 72 contêineres por ano para o transporte de produtos para os Estados Unidos e Canadá devido a redução da embalagem;

- redução das emissões de CO2 devido ao menor uso de energia no processo e transporte;

- redução das emissões de CO2 devido à menor quantidade de resíduo de celulose no pós-consumo pela degradando nos aterros.

Amaciante Confort Concentrado- Este projeto de melhoria teve como foco as campanhas de educação ambiental para comunicação aos consumidores do conceito de produto concentrado e as melhorias ambientais decorrentes da concentração do produto como a utilização de menor quantidade de recursos naturais e conseqüentemente, a redução das emissões de gases de efeito estufa e da geração de resíduos. O projeto desenvolvido pela Unilever alcançou os seguintes resultados:

- 63% de redução do consumo de papel na caixa de papelão utilizada no transporte e distribuição do produto;

- 37% de redução do consumo de plástico para a produção da embalagem;

- redução no consumo de energia para produção e transporte de produto;

- redução no uso de água na formulação do produto;

- 37% de redução da quantidade de resíduo sólido no pós-consumo.

Água Pureza Vital –O projeto teve como objetivo melhorias nos processos produtivos com foco na redução de massa nas embalagens primárias e secundárias, com benefícios como redução na quantidade de material da embalagem e otimização no uso de água e energia nos processos produtivos. Foram alcançados os seguintes resultados durante o projeto:

- Redução do consumo de material plástico utilizado nas garrafas de água sem gás sendo: 36% de redução na massa das tampas das garrafas; 25% de redução nas garrafas de 300ml, 3% nas garrafas de 510 ml e 1,5 litros;

- Redução do consumo de material plástico utilizado nas garrafas de água com gás, sendo 25% de redução na massa das tampas das garrafas; 25% de redução nas garrafas de 300 ml; 22% de redução nas garrafas de 510 ml; e 19% na redução das garrafas de 1,5 litros;

- Eliminação de pigmentos das tampas, facilitando a reciclagem e agregando valor na cadeia do pós-consumo;

- Redução no consumo de água, de 26% em São Lourenço e 51% em Petrópolis;

- Redução de consumo de energia, de 9% em São Lourenço;

- Garrafas de Pureza Vital e Petrópolis sem pigmento, facilitando a reciclagem e agregando valor na cadeia pós-consumo;

- Redução de 18% no consumo de material plástico shrink na embalagem;

-Redução de 25% na massa de papelão utilizada na paletização;

-Redução no filme plástico (stretch filme) que envolve os paletes em 31%;

- Rótulo mais fácil de ser removido no pós-consumo, facilitando sua reciclagem;

- Uso do braile nas garrafas para que possam ser identificadas por consumidores com necessidades especiais;

- Capacitação de 70 educadores da rede escolar de São Lourenço que multiplicaram conceitos de educação ambiental.

Toddy Orgânico - O desenvolvimento do Toddy orgânico demandou um amplo estudo da cadeia de valor do produto, que resultou em benefícios que foram além do próprio dele próprio, gerando impactos positivos desde sua produção até o descarte final da embalagem. Os resultados alcançados pelo projeto foram:

- Utilização de 100% de cacau e açúcar orgânicos certificados;

- Uso de material 100% reciclado para a produção de rótulos (75% a 80% pré-consumo e 25% a 30% pós-consumo);

- Uso de matéria-prima certificada pelo FSC - Conselho Brasileiro de Manejo Florestal, para produção do rótulo do produto;

- Menor emissão de gases de efeito estufa;

- Eliminação do uso de queimadas para colheita da cana-de-açúcar utilizada para produção de Toddy Orgânico;

Pampers Total Confort -Este projeto de melhoria teve como base o desenvolvimento de uma fralda com maior capacidade de absorção que utiliza menor quantidade de celulose e que também permite a maior compactação das fraldas nos pacotes com benefícios como redução na quantidade de material de embalagem e otimização do transporte do produto. O projeto alcançou os seguintes resultados:

- Redução de 30% no uso de polpa de celulose;

- Redução de 7,5% no volume pela compactação da embalagem e do produto;

- Redução de 7% no peso total da fralda resultando em menor geração de resíduos pós-consumo;

- Aumento de 25% na eficiência do transporte do produto por sua compactação;

- Redução de 09% no consumo de energia utilizada na produção do produto;

- 10% de redução das emissões de CO2 (devido ao menor uso de energia no processo e transporte).

Fonte: Gazeta do Povo
 

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